Fui ao teatro e... vicie!!! #1 - Hair

on sábado, 19 de maio de 2012


Hair - O Musical

Em Fevereiro passado fui assistir ao musical “Hair”, um dos musicais mais emblemáticos de todos os tempos, por tudo o que ele representa e a mensagem que ele passa. Este é particularmente um musical que eu amo e assim que surgiu a oportunidade de ver em uma noite de estreia especial não pensei duas vezes e corri para o teatro Frei Caneca.

A história gira em torno de um grupo de jovens hippies na maioria de classe média alta que vivem em Nova York, e em plenos anos 1960, enquanto a sociedade era conservadora e os Estados Unidos estavam mandando vários jovens para o Vietnã. Eles lutam contra tudo o que a sociedade repudia, e quando Claude é obrigado a se apresentar e alista-se para servir o seu país sua “tribo” fica irada contra o sistema, mas o curioso é que mesmo Claude não querendo ir totalmente para o Vietnã, ele está dividido e seus amigos tentam de qualquer jeito fazer com que ele resolva ficar, nem que isso seja a última coisa que eles façam.

Puxa, o espetáculo é intenso e a adaptação brasileira não deixa a desejar em comparação com o americano. Uma história cheia de simbolismos, que além de tudo prega o amor e a liberdade de expressão. A história é tão bem escrita que nós mesmos chegamos a acreditar e se envolver com os atores, em momentos que experimentam drogas deliberadamente, ou quando fazem sexo um com o outro, sendo homem com mulher, mulher com mulher ou homem com homem ou todos juntos. Na tribo não há opção sexual, tudo e todos são só um.

Vemos momentos de amor, repressão, felicidade, tristeza e tudo isso se mistura em quase duas horas de espetáculo. Se você for vê-lo um dia, vá com a cabeça aberta pois talvez encontre que mesmo sendo sem má intenção pode deixar alguns dos mais conservadores de cabelo em pé, como é a [ultima cena antes de ir para o intervalo em que TODOS os atores do musical ficam LITERALMENTE pelados lutando contra a repressão de seus direitos.

O cenário é encantador e grandioso e as 37 músicas apresentadas são encantadoras e muito bem adaptadas para o português, se você ouvir a versão original só vai sentir falta do inglês. A banda que toca ao vivo interage bem com o elenco, e o elenco por sua vez interage bem com o público fazendo que algumas pessoas se sintam parte do musical. Impossível não se emocionar com o final, quando o elenco canta pela ultima vez e a música “Deixe o Sol Erilhar” os olhos de todos já estão marejados. 


Vou deixar aqui o vídeo de “Aquarius” a música que abre o musical:

Espero que tenham gostado, próximo post dessa coluna vai ser sobre o musical “Cabaret”!